Comprar em feiras livres pode ser um bom negócio

Quem vai às compras todos os meses já sabe: o preço dos alimentos disparou no início deste ano. O quilo do tomate, por exemplo, chegou a dobrar de valor em um mês, passando dos R$ 3,50, em abril, para R$ 7 em maio. Ao consumidor, resta buscar soluções para que a conta não pese tanto no bolso. Uma das saídas encontradas é a compra em feiras populares.

O preço mais baixo de alguns produtos e a possibilidade de pechinchar pode ser um bom negócio para quem quer economizar. Antônio Manuel trabalha na feira de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, há 20 anos e tem recebido fregueses que tentam fugir dos preços dos supermercados. “Quando a mercadoria fica mais cara lá, eles correm para a feira”, diz.

Preço mais baixo de alguns produtos e possibilidade de pechinchar faz da feira de Casa Amarela uma boa opção para o consumidor

Preço mais baixo de alguns produtos e possibilidade de pechinchar faz da feira de Casa Amarela uma boa opção para o consumidor

O professor Mozart Gomes é um dos que vê na feira uma opção para gastar menos. Recentemente, ele comparou os preços das gôndolas aos das bancas. “A diferença é bem razoável. Todos os itens são mais em conta na feira, sem exceção. Aqui, a gente economiza com certeza”, ressalta.

Alguns consumidores acham que, mesmo na feira, os preços estão altos, mas, ainda assim, é possível economizar bastante. “Apesar de também ter muitas coisas caras, ainda é mais em conta. Às vezes, a gente ainda consegue desconto quando o vendedor vê que dá para fazer um precinho bom. Mas, quando não dá, paciência”, conta a doméstica Maria Bianoe, freguesa da feira de Casa Amarela todas as quintas.

A pechincha é bem frequente entre consumidores e feirantes. Os centavos ou reais a menos podem siginificar um item além do planejado na sacola. Arnaldo da Silva, feirante há 17 anos, sempre está disposto a negociar. “O preço da goma de tapioca aqui é R$ 5. Vi da mesma no supermercado por R$ 6. Aqui, se o freguês pechinchar, faço até por R$ 4,50. Se, só na goma, é R$ 1 mais caro no mercado, imagine as outras coisas?”, salienta. Ele diz já ter tirado a prova da diferença de preços. “Uma compra no supermercado que custou R$ 150 custaria uns R$ 120 na feira”, diz.

PESQUISA

Apesar da possibilidade de gastar menos nas feiras livres, muitas pessoas ainda preferem fazer as compras nas redes de supermercados, seja pela facilidade de pagamento com cartão de crédito, conforto ou falta de tempo.

“Muitos consumidores dependem do cartão. Além disso, com a correria do dia a dia, as pessoas não têm mais tanto tempo para ir às feiras como antigamente. A prova disso são os supermercados cheios à noite e aos fins de semana”, lembra a economista Eliane Alves.

A economista também diz que, apesar de ainda não notar a volta do hábito de comprar em feiras, não se surpreenderia caso as famílias retomassem o costume. Para ela, o segredo para economizar é pesquisar. “A cada dia, a inflação tem feito com que as pessoas passem a pesquisar mais. Alguns itens saem mais em conta nos atacarejos, outros, em feiras ou mercadinhos de bairro. Pesquisar é a melhor forma de fugir dos altos preços”, garante.

A professora Cleide Neves sabe muito bem disso. Apesar de preferir as feiras por conta da qualidade e quantidade de frutas e verduras, ela acha que nunca é demais pesquisar. “Se a gente sair de supermercado em supermercado pegando as promoções, pode ser mais barato ainda. Mas se você tem que comprar tudo em um lugar só, a feira é melhor. Já fiz o teste e economizei 10% comprando na barracas”, conta.

(fonte: Jornal do Commercio)

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