Mais simplicidade e menos ganância

A Praça do Antigo Cinema, centro de Surubim, ilustrando a calmaria que habita na simplicidade das pessoas | Foto: SN

A Praça do Antigo Cinema, centro de Surubim, ilustrando a calmaria que habita na simplicidade das pessoas | Foto: SN

Por vivências em Surubim e observando outros lugares, percebi que a frase “ele era tão pobre, mas tão pobre, que só tinha dinheiro” define muita gente. A mulher que se envergonha de andar no Fiat Uno antigo do marido, o garoto que pega escondido cartões de créditos da família pra manter um padrão e a filha que esconde a origem humilde dos pais, são exemplos do impacto capitalista na vida das pessoas.

Já trabalhei com empréstimos consignados no centro da cidade. Via com frequência netos e filhos empurrando avós pra retirar grana no banco (às vezes merrecas em refinanciamentos); comprometendo o orçamento gerado de aposentadorias beirando o mísero salário mínimo. O conforto próprio vinha em primeiro lugar, deixando de lado os laços emocionais.

À parte, heranças e brigas entre irmãos. Alguns não respeitando nem a dor do luto e já pensando em divisão de bens, regalias, etc. Há tanta avareza na busca pela nobreza que meu coração dá um nó. Meus princípios vêm se reformulando ao longo do tempo. Espero não me transformar em alguém assim, tão mesquinho e insensível. Os valores morais são a maior riqueza que podemos ter.

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