Morre ex-atacante, Leonardo, ídolo do Sport

(fonte: globo.com)

De forma mais do que precoce, o Sport Club do Recife perdeu um de seus maiores ídolos. Com apenas 41 anos, o ex-atacante Leonardo, que brilhou no clube na década de 90 e no começo dos anos 2000, faleceu nesta terça-feira, às 15h15, no Recife – ele estava internado desde o dia 3 de fevereiro fevereiro no Hospital da Restauração. Natural de Picos, no Piauí, foi na capital pernambucana onde ele mais brilhou e construiu toda a sua vida. Leonardo saiu para se aventurar no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em São Paulo, por exemplo, mas sempre retornava para onde era mais feliz: a Ilha do Retiro.

De acordo com a médica do Hospital da Restauração, Fátima Buarque, que tem acompanhado Leonardo desde o início de sua internação, a morte do ex-atacante foi por falência múltipla dos órgãos em decorrência de uma doença chamada neurocisticercose. – Ele faleceu agora. Teve falência múltipla dos órgãos e não teve condições nem de fazer a hemodiálise hoje por conta do seu estado – disse ela.

Leonardo estava trabalhando nas categorias de base do clube  | Foto: Gazeta Web

Leonardo estava trabalhando nas categorias de base do clube | Foto: Gazeta Web

O estado de saúde de Leonardo sempre foi tratado com muito sigilo pela família, por amigos e por funcionários do Sport, que sempre o acompanharam desde o início da doença. Ele chegou a ser internado em outubro do ano passado, mas o caso não teve conhecimento da imprensa. No início de fevereiro, quando voltou ao hospital, os médicos sempre se mostraram muito cuidadosos ao falar sobre o estado do ex-jogador.

Histórico de sucesso na Ilha do Retiro


Leonardo marcou 136 gols vestindo a camisa rubro-negra, o que o torna o terceiro maior artilheiro da história do Sport. Só perde para Traçaia e Djalma, que foram bem nas décadas de 50 e 60, respectivamente. Outra marca que coloca Leonardo no topo dentro do clube é a de títulos conquistados. Ao todo são sete, com duas Copas do Nordeste (1994 e 2000) e cinco Campeonatos Pernambucanos (1994, 1997, 1998, 1999 e 2000). O goleiro Magrão é o líder da estatística com oito troféus levantados.

Além do Sport, Leonardo vestiu a camisa de outros grandes clubes do futebol brasileiro. Em 1994, foi contratado pelo Vasco ao lado do amigo Juninho Pernambucano. Foi uma temporada inteira no clube carioca até ser negociado para o Corinthians, onde começou bem e foi um dos artilheiros do Timão na Libertadores. A passagem, no entanto, durou pouco e ele acabou indo parar no Palmeiras naquele mesmo ano. O ano de 1997 marcou o primeiro retorno para casa e a volta não poderia ser melhor com a artilharia e a conquista do Campeonato Pernambucano. O que era apenas uma relação bonita com a torcida, passou a se transformar em idolatria a cada jogo. Foram mais três títulos e o protagonismo na boa campanha do Sport na Copa João Havelange de 2000, até que veio uma proposta do Cruzeiro.

A saída mostrou novamente que o seu lugar era a Ilha do Retiro. Sem destaque, saiu do Cruzeiro e ainda jogou por América-MG, Vitória-BA e Belenenses, antes de retornar ao Leão em 2005. A última passagem não foi das melhores, já que o clube não conseguiu ser campeão pernambucano no ano do centenário e ainda quase foi rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro. Sem apresentar o mesmo futebol, Leonardo rodou ainda por Paysandu, Guarany-CE, Picos-PI, Santa Cruz, Central, Cametá-PA, Sete de Setembro e Afogadense, onde encerrou a carreira em 2012.

Leonardo trabalhava nas categorias de base do Sport deste 2014 e era o responsável por lapidar os garotos que tinham o sonho de se tornar atacantes. Ele circulava por todas as categorias com treinamentos de finalizações e posicionamento. Ele descobriu e levou para o clube o garoto Wallace, que hoje treina entre os profissionais depois de se destacar na equipe Sub-20.

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