Paulo garante investimento para o combate ao Aedes aegypti

(fonte: Governo do Estado)
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Pernambuco dá mais um importante passo no combate ao mosquito Aedes aegypti e às arboviroses associadas. Um aporte de R$ 3 milhões feito pelo Governo do Estado vai permitir que pesquisadores avancem nos estudos sobre as formas de contaminação, prevenção e também garantam a redução dos efeitos do vírus Zika, que é transmitido pelo inseto. O edital “Estudos e Pesquisas para Políticas Públicas Estaduais em Apoio Emergencial para o Estudo do vírus Zika” – lançado no mês de março – selecionou 21 projetos que foram validados, nesta quinta-feira (12.05), pelo governador Paulo Câmara, em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. A medida é um desdobramento do Plano Estadual de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes Aegypti, que foi apresentado, de forma pioneira no Brasil, em novembro de 2015.
 
Na solenidade, Paulo defendeu o investimento em pesquisa e inovação como fundamental para o desenvolvimento de um Estado e do País. “Temos que pesquisar, inovar e buscar as boas aplicações desse trabalho. Só assim nós vamos atingir o patamar dos países desenvolvidos. Tenho certeza que os 21 projetos selecionados para receber esse aporte financeiro vão dar respostas positivas e nos deixar mais preparados para lidar com a questão, que é tão importante para todos nós”, ressaltou.
Além de investir na realização de pesquisas e no fortalecimento do atendimento na Rede Pública de Saúde, o Governo também incentivou a produção de campanhas nas unidades escolares do Estado presentes nos 184 municípios e o Distrito de Fernando de Noronha. Após assinar a outorga dos termos de estudo e pesquisa, Paulo entregou a premiação do "Concurso Cultural Nossa Escola Contra o Aedes", que foi iniciado em fevereiro, pela Secretaria de Educação. Nove unidades foram contempladas e os vencedores receberam tablets e kits literários.

Além de investir na realização de pesquisas e no fortalecimento do atendimento na Rede Pública de Saúde, o Governo também incentivou a produção de campanhas nas unidades escolares do Estado presentes nos 184 municípios e o Distrito de Fernando de Noronha. Após assinar a outorga dos termos de estudo e pesquisa, Paulo entregou a premiação do “Concurso Cultural Nossa Escola Contra o Aedes”, que foi iniciado em fevereiro, pela Secretaria de Educação. Nove unidades foram contempladas e os vencedores receberam tablets e kits literários.

Fruto de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), que é ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, o edital prevê que os trabalhos contemplados devem ser concluídos dentro de 18 meses, a partir da data da outorga do termo. Além disso, fica vedada qualquer tipo de alteração no projeto sem a autorização prévia da Diretoria Científica da Facepe. O documento direcionou os grupos de pesquisa para três áreas relacionadas ao estudo do vírus Zika: análise da competência vetorial, estudos epidemiológicos, diagnóstico e validação, plataformas inteligentes para monitoramento e integração das informações.
 
O pesquisador Celso Melo, do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi um dos selecionados. A proposta do seu grupo de trabalho é desenvolver um teste de rápido diagnóstico para identificar o vírus Zika. Ele revelou que já obteve êxito nessa linha de pesquisa com a Leishmaniose e o HPV. “Com os eventuais problemas superados, será uma questão de poucos meses para a gente ter esse teste funcionando na mesa do laboratório”, explicou Celso.
 
Para a secretária de Ciência e Tecnologia, Lúcia Melo, as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti precisam de mais pesquisa. A gestora frisa que o Brasil precisa avançar bastante na questão científica, com o repasse de mais investimentos como os aportados pelo Governo de Pernambuco hoje. “Temos que incentivar os nossos pesquisadores para que possam atuar em igualdade com os laboratórios internacionais”, alertou. Lúcia afirmou que é preciso explorar mais as doenças transmitidas pelo mosquito, uma vez que a comunidade científica ainda não avançou muito na questão. “Há um desconhecimento grande, pois essas doenças ficam fora da exploração dos grande laboratórios”, sublinhou.
 
O secretário de Saúde, Iran Costa, destacou ainda os esforços que o Governo do Estado tem feito para minimizar os efeitos da epidemia de arboviroses, ressaltando que já foram investidos mais de R$ 58 milhões. “Pernambuco foi o primeiro Estado a adotar protocolos de segurança nas unidades de saúde e iniciar uma investigação sobre o tema. O nosso trabalho é fundamentado em quatro eixos: mobilização, atendimento ao paciente, assistência às crianças com microcefalia e apoio aos municípios”, detalhou o gestor da pasta.
 
Na avaliação de Paulo Câmara, o combate às arboviroses exige responsabilidade e muita dedicação das instituições. “Esse é um tema que exige atenção permanente do poder público e da sociedade”. O gestor lembrou alguns dos investimentos feitos no segmento. “Diante de um quadro de restrições financeiras, não nos omitimos a contratar 2.558 profissionais para cuidar das pessoas. Além disso, equipamos as unidades e ajudamos os municípios”.

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