Sobre a chacina estudantil em São Paulo e a degeneração da sociedade brasileira

Um dia após a Civil encontrar 117 fuzis ilegais na casa de um amigo do assassino de Marielle (ex-vereadora do Rio), o policial corrupto Lessa, ex-vizinho de Bolsonaro – leia-se o Presidente que faz apologia à banalização do acesso às armas –, dois jovens invadiram uma escola em Suzano (São Paulo), atiraram contra vários inocentes de forma aleatória, mataram 8 pessoas, deixaram muitos feridos e depois cometeram suicídio.

Um homem tenta acalmar uma mulher na entrada da Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, na Grande São Paulo. Dois criminosos encapuzados mataram oito pessoas no local e cometeram suicídio em seguida — Foto: Maurício Sumiya/Futura Press via AP

O Brasil está importando o que há de pior nos Estados Unidos, quando o assunto é “admiração bélica”, o que concerne à guerra, sob facilitação de porte/posse de armamento. Impulsionado também pela degeneração da sociedade através do antagonismo alimentado pelas mídias, ademais, falta de medidas preventivas contra o bullying, ausência de políticas públicas de combate à violência, o sucateamento das escolas, a desigualdade socioeconômica e as eventuais inclinações patológicos por parte de potenciais sociopatas, como no caso dos dois assassinos do Massacre de Suzano.

Familiares e amigos aguardam por informações na entrada da Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, na Grande São Paulo. Dois criminosos encapuzados mataram oito pessoas no local e cometeram suicídio em seguida — Foto: Julien Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

As instituições e o Estado estão falhando na formação do(s) indivíduo(s), consequentemente, fomentando para contextos desfavoráveis, pior, imprevisíveis e sádicos. Desse modo, trazendo à tona um péssimo momento social, sem tolerância, empatia, tampouco zelo pela vida (alheia).

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