Sobre a Vaquejada de Surubim e os forrós da atualidade!

Baseado no que foi divulgado recentemente, a programação da Vaquejada  de Surubim de 2018 é mais do mesmo e conota algo preocupante. O forró nunca esteve tão homogêneo, repetitivo, descartável e pobre.
 
Wesley Safadão, Jonas Esticado, Gabriel Diniz e Xand Avião têm praticamente o mesmo timbre de voz, repertório e postura no palco. Não há personalidade própria entre os artistas, somente cópia da cópia.
 
Fruto de uma indústria fonográfica que insiste em repetir a mesma fórmula, fundindo forró com sertanejo, percussão, ostentação e letras chulas! Culpa também das novas gerações, que desprezam ritmos como pé de serra, baião, arrasta-pé, xote…
 
Para ter-se um parâmetro, o sonho de todo amante do rock and roll é ver shows de bandas lendárias do passado. Presenciar de pertinho performances de Rolling Stones, Paul McCartney e Roger Waters, seria algo fantástico para roqueirinhos de 15 anos.
 
Mas isso não se aplica aos jovens que se intitulam “forrozeiros”. Caso estivessem vivos e fossem anunciados como atrações principais do Parque J. Galdino, Luiz Gonzaga e Dominguinhos seriam taxados como ultrapassados, vaiados e boicotados por grande parte do público. Que preferiria no lugar dos dois, enfadonhas duplas sertanejas.
 
É o mal de quem absorve música se deixando levar somente pelos modismos. Deixando à parte, o genuíno forró (e suas derivações), gênero símbolo do nosso Nordeste. Que precisa voltar à tona no gosto popular, urgentemente!

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