Somos reféns dos smartphones em Surubim

O vício nos smartphones não é exclusividade (de boa parte) dos surubinenses. A tendência vem dominando o planeta, que se entrelaça aos aparatos tecnológicos cada vez mais, tornando as novas gerações extremamente dependentes dos “mimos digitais”. De acordo com as regras de etiqueta, no Japão ainda é indevido, muito desrespeitoso, falar ao celular em ônibus e metrôs. Mas casos assim são exceções raras.

Atualmente é costumeiro notar pessoas deixando de interagir com amigos para dialogar via WhatsApp ou vidrados em selfies para publicar no Instagram. Há quem prefira divulgar o que bebe e come ao invés de somente bebê-lo e comê-lo. O próprio Facebook, que teve seu auge nos desktops, é o Orkut da vez para aqueles que preferem doar seu tempo em conversas intermináveis num chat instantâneo, que também grava áudios e vídeos.

A surubinense Mayara Cabral, esquecendo de se alimentar para mexer no seu adorado smartphone | Foto: ilustração

A surubinense Mayara Cabral, esquecendo de se alimentar para mexer no seu adorado smartphone | Foto: ilustração

A surubinense Mayara Cabral é um exemplo de pessoa viciada em aplicativos. Ela confessa que tal hábito “prejudica interação, sono e convivência”. Ainda acrescenta que “acaba irritando algumas amizades por não prestar atenção no que estão dizendo”. Seja num ambiente de trabalho, nas praças, na hora das refeições, nos bares e restaurantes, atualmente é praticamente impossível não notar a população fissurada nos telemóveis.
 
Padaria Cristal, Bar da Piaba, Restaurante Capitu, Peixada do Dadal, Boi na Brasa, Amparo, Marista, Severino Farias, repartições públicas… Na rotina de (quase) todo mundo a mania definitivamente é viver registrando ou fazendo tudo pelo smartphone por meio do Wi-Fi. Que ainda estimula o consumismo. Ou a luta desesperada para se atualizar, gastando o que tem e o que não tem pelo aparelho mais moderno.
 
Será isso benéfico, prático e inevitável? Será isso desgastante, nocivo e exagerado? Depende do ponto de vista e estilo de vida de cada um. Depende da necessidade e maneira de utilização. Depende dos prós e dos contras, numa avaliação particular. Entretanto, falando por mim, em terra de iPhone, quem conversa olhando nos olhos, sem se preocupar com check-in é: REI!

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