Veja as propostas dos candidatos ao governo de Pernambuco para a saúde

Problema enfrentado por milhares de pessoas, a saúde pública é um dos desafios para o próximo governador eleito em Pernambuco. Apesar de a rede estadual contar com mais de 30 hospitais, alem das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), os pernambucanos que dependem do SUS ainda enfrentam longas filas para marcação de consultas, emergências superlotadas, entre outros problemas.
Veja as propostas dos candidatos ao governo do Estado para o tema.
 
Armando Monteiro (PTB)
 
Em primeiro lugar, é preciso fazer funcionar o que já existe, ao invés de ficar fazendo promessas fáceis, como tem feito o atual governador, que prometeu quatro hospitais e seis UPAs, mas não entregou. Criaremos o Expresso Saúde, que irá priorizar o funcionamento adequado e pleno da rede hospitalar e das UPAS já existentes.
 
O programa também vai integrar todas as unidades com prontuários on-line, tornando o atendimento mais rápido e humanizado. Através deste programa a população também vai poder marcar as consultas pelo celular e nos guichês eletrônicos que vamos instalar em pontos estratégicos das cidades.
 
Segundo o Conselho Federal de Medicina, Pernambuco tem 18 mil pessoas na fila de espera por cirurgia (catarata, vesícula e hérnia, entre outras). O Expresso Saúde também realizará mutirões emergenciais, junto com hospitais privados e filantrópicos, que descentralizará exames, consultas e cirurgias.
 
Dentro da área de Saúde também vamos firmar parcerias com as prefeituras para fortalecer a atenção básica, ampliando a cobertura dosPSFse garantindo os repasses para o SAMU e a compra de medicamentos. No cuidado com os usuários de drogas, ampliaremos os CAPs 24 e vamos voltar a investir no Programa Atitude.
 
Dani Portela (PSOL)
 
Para melhorar os hospitais é fundamental termos mais investimentos na área. Começaremos fazendo um estudo da necessidade de leitos nas diversas regiões do Estado, aumentando a disponibilidade através do término das unidades que estão em andamento e inciando aquelas unidades que foram prometidas, como o Hospital do Sertão.
 
Mas a solução a longo prazo não pode ser focada nos hospitais, pois precisamos tratar da saúde e não da doença. Isso significa que precisamos investir mais na atenção básica, o que irá diminuir o atendimento de média e alta complexidade. Além disso, vamos investir em um plano amplo de saneamento básico, pois sabemos que grande parte dos atendimentos nas unidades de saúde hoje são consequência da falta de acesso à água tratada e esgotamento sanitário.
 
Julio Lossio (Rede)
 
Nos últimos anos, Pernambuco construiu muitos hospitais. Hoje temos 16 na Região Metropolitana, 17 no interior e 15 UPAS, mas a qualidade do atendimento não acompanhou a mesma crescente. Por isso, hoje existem tantas filas de esperas, atendimento precário e falta de insumos. Portanto, agora propomos fortalecer os hospitais existentes com mais profissionais e insumos com programa de priorização de saúde preventiva, buscando quebrar o paradigma desse modelo hospitalocêntrico.
 
Criaremos um programa de cirurgias eletivas com listas transparentes para acompanhamento, com o objeto de evitar o fura fila por demanda política. Além disso, criaremos unidades móveis clínicas e cirúrgicas, por meio da proposta Saúde Perto das Pessoas. Em parceria com os municípios, iremos propor que o agente comunitário de saúde possa atuar em cinco áreas especificas: Pré-natal, Hipertensão e Diabetes, Câncer de Colo, Câncer de Mama e Câncer de Próstata.
 
Criaremos o programa Aniversário Saudável, em que os agentes de saúde e endemias receberão um bônus de um salário mínimo pela cumprimento de metas estabelecidas. O LAFEPE irá produzir e distribuir medicações para patologias crônicas como hipertensão arterial sistêmica e diabetes, entre outras. Iremos implantar um programa para doação de óculos para crianças em idade escolar e fornecimento de óculos a preço de custo. Além de reativar o Hospital São Sebastião, em Caruaru, e desenvolver Hospitais Regionais com parceria entre municípios.
 
Maurício Rands (PROS)
 
O maior problema da saúde em Pernambuco é a falta de dignidade pela qual o cidadão passa. Isso não pode acontecer. Vamos mudar essa realidade com um choque de gestão. A prioridade é acabar com a espera no atendimento e realizar um grande mutirão para zerar as filas de espera por cirurgias eletivas e por exames.
 
O choque de gestão é importante para a agilidade no atendimento. Pernambuco tem grandes hospitais particulares que funcionam com softwares e sistemas inteligentes de gestão. Vamos usar esse conhecimento em benefício da saúde pública. Hoje, os sistemas das UPAs, por exemplo, não trocam informações um com o outro. Vamos criar o prontuário eletrônico. Em qualquer unidade de saúde, o cidadão vai ter seus dados e seu histórico acessível para ser atendido mais rapidamente. As medidas vão contar com mecanismos de monitoramento e controle, para acompanharmos a qualidade e a efetividade do serviço.
 
Também teremos um investimento na saúde preventiva, na qual são fundamentais os agentes comunitários de saúde e de controle de endemias. Eles hoje levam saúde para a casa das pessoas, mas com a reconhecida valorização vamos fazer esse trabalho se tornar mais intenso.
 
Vamos criar bonificações para todos os profissionais de saúde que atingirem metas estabelecidas em favor da saúde pública. Se uma determinada área reduziu ou levou à zero o número de casos de arboviroses, vamos bonificar os servidores envolvidos. Se um hospital reduziu o tempo de atendimento, vamos gratificar os servidores da unidade.
 
Paulo Câmara (PSB)
 
A maior crise que o Brasil já viveu teve como consequência uma maior procura das pessoas pelos serviços públicos, como o de saúde, por exemplo. Mas na nossa gestão procuramos investir na descentralização dos serviços de saúde, com a entrega de novos equipamentos em diferentes regiões do Estado e ampliação da produtividade desses serviços.
 
Já entregamos o Hospital São Sebastião, em Caruaru, e a UPAE de Ouricuri. E um dos nossos compromissos é o de entregar o Hospital Geral do Sertão, em Serra Talhada, que vai encurtar as distâncias para quem precisa de atendimento de média e alta complexidade. Estão em construção também o Hospital da Mulher de Caruaru e as UPAEs de Palmares e Escada.
 
Simone Fontana (PSTU)
 
A saúde é uma das principais preocupações da classe trabalhadora no Brasil. Em Pernambuco isso não é diferente. Representa um peso no orçamento familiar – devido ao sucateamento intencional da saúde pública estatal, as famílias são obrigadas a recorrer a serviços privados. Apesar de sua importância, a saúde pública vive um cenário de descaso e caos, revelado pelos grandes índices de epidemias de dengue, chikungunya, zika, doença meningocócica, sarampo, esquistossomose,tuberculose, etc, que estão diretamente ligadas a falta de saneamento básico e péssimas condições de vida da grande população pernambucana.
 
Por isso defendemos: investimento maciço na saúde (10% do orçamento do Estado); estatização dos grandes grupos de hospitais privados; nenhum dinheiro para as OSs (organizações sociais) e privadas; priorização da saúde preventiva, valorização dos profissionais da saúde pelo plano de cargos e carreiras, concurso público já.
 
(Fone: Destak)

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