Ana Célia quer ser candidata

CONJUNTURA POLÍTICA /// Hoje, tornou-se frequente, po­líticos e até jogadores de futebol, ao conversarem entre si, levarem a mão à boca para que ninguém consiga saber o que dizem. Trata­-se da leitura labial ao alcance de muita gente. Em política, mesmo quem tem uma experiência mínima conse­gue desvendar através da movi­mentação nos bastidores dos can­didatáveis suas reais intenções.

Ana Célia Farias que anterior­mente foi vice-prefeita de Suru­bim e tentou sem sucesso por duas vezes consecutivas a prefeitura, protagonizou, há pouco, o primei­ro episódio de importância polí­tica com vistas ao pleito do ano vindouro. Sempre vinculada, inclusive através de empregos de confiança, com o governo estadual do PSB, abruptamente ameaça romper com seu partido. Pede afastamento do cargo que exercia na administra­ção Paulo Câmara e cria o maior salseiro dentro do seu grupo.

Ana Célia | Foto: Ilustração

Ana Célia | Foto: Ilustração

O que isso quer dizer? O que se pode interpretar des­se confronto interno no grupo? Quando um político chega às ruas num outdoor como se deu com a própria Ana Célia podemos dizer acompanhando o dito po­pular que “esse santo quer reza”. E é isso mesmo. Trata-se do lan­çamento de sua pré-candidatura. Se não é pra vereadora, deputada nem vice-prefeita é, sem dúvidas, para prefeita de Surubim.

Ana Célia que tem em sua sombra o marido Biu Farias an­tecipou para este ano as questões partidárias de 2016. O ex-gover­nador Eduardo Campos só tratava dessas querelas no ano eleitoral. Como o líder morreu, tudo pode. O espetáculo que se comenta como um fato político é indiscu­tivelmente esse: Ana Célia quer porque quer ser a próxima candi­data a prefeita de Surubim. Seria a sua terceira tentativa. Como ela está encontrando forte reação en­tre os seus, revoltou-se.

Na eleição anterior quando se discutia o nome de Nilton Mota Filho como o nome pessebista para a disputa surubinense, ela, lembrem-se bem, impulsionada pelo marido, criou o mesmo confronto e, se impôs. Agora volta à baila a mesmís­sima atitude, de forma prematura e, pior, sem o grande timoneiro, Eduardo Campos. Talvez a viúva Renata Campos, herdeira de parte do espólio político de seu marido possa acomodar alguns espíritos inquietos.

Até lá, muita louça deverá ser quebrada, com o agravante de que o governador Paulo Câmara po­derá seguir os conselhos de seus dois secretários Danilo Cabral e Nilton Mota, primos legítimos de Ana, que buscam uma renovação na política surubinense. Tudo poderia ser resolvido como uma dessas brigas em famí­lia. Mas, a presença do vereador Biu Farias, com interesses muito objetivos num resultado favorável ao pleito de Ana Célia, esquentará o imbróglio. Entretanto, como em novelas da Globo, no final todas as coisas se acomodarão. Esperem prezados telespectadores pelo úl­timo capítulo.

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