Análise da entrevista de Flávio Nóbrega na Integração FM

O ex-prefeito e pré-candidato, Flávio Nóbrega, segue à risca o modus operandi do político populista. Tentando através da eloquência, banhada em religiosidade, cativar os eleitores lhes lembrando dos louros de outrora, durante seus mandatos.
 
Todavia, sua narrativa é frágil e fácil de ser desconstruída. Haja vista, quando ele isentou seu filho de responsabilidade na atual gestão, citando exemplos como Lula, Dilma e Eduardo Campos, que supostamente se sobressaíram sem a participação dos respectivos vices. Aliás, é possível fazer uma parcial analogia entre a ex-presidente e Temer com Ana Célia e Guilherme, diga-se de passagem.
 
E se a efetividade do vice-prefeito não é importante, por que afirmou no final da entrevista que para formar sua chapa priorizará uma opção técnica? Contraditório.
 
O mesmo também disse ainda que se afastou de Túlio Vieira e da atual prefeita por não cumprirem os programas de governo, mas o fato é que seu histórico de “traições” vem desde os tempos do último mandato de Humberto Barbosa, incluindo intriga com o Professor Selênio. Ou seja, conchavos feitos e desfeitos são comuns na política, mas não na escala protagonizada por Flávio.
 
E ao adotar um tom exaltado a cada fala, fazendo uma leitura hiperbolicamente ruim da atual gestão, ele expôs certa ingratidão e oportunismo. Até porque o burburinho ecoado em Surubim é que a aproximação ao PSB de Ana Célia anos atrás sustentava-se por uma relação simbiótica: com Flávio contribuindo com votos e recebendo em troca auxílio para livrar-se de problemas com a Justiça – vide possível fraude em licitações e desvio de R$ 2.045.842,57 entre 2005 e 2008, quando foi prefeito.
 
Em suma, respostas discursivas e demagogas, intercaladas com contorcionismo retórico, eis o resumo da sua entrevista na Integração FM na última sexta-feira, 28 de agosto.

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