Bancários pernambucanos entram em greve por tempo indeterminado

(fonte: globo.com)

Os bancários pernambucanos entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (6). A paralisação faz parte de um movimento nacional e terá grande adesão no estado, segundo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Por isso, apenas os serviços de autoatendimento devem continuar funcionando.

Com a greve, todos os serviços internos dos bancos devem ser interrompidos em Pernambuco a partir desta terça. “O autoatendimento vai funcionar normalmente, porque a greve visa a melhoria no atendimento e nós não queremos prejudicar tanto a população”, diz o secretário-administrativo do sindicato estadual, Geraldo Times. Ele ainda afirma que o primeiro balanço de adesão à greve deve ser liberado na tarde desta terça. “Mas, normalmente, nossos movimentos têm adesão crescente”, afirma.

Paralisação começa nesta terça-feira (6) e faz parte de movimento nacional. Sindicato pernambucano deve soltar primeiro balanço de adesão à tarde.

Paralisação começa nesta terça-feira (6) e faz parte de movimento nacional. Sindicato pernambucano deve soltar primeiro balanço de adesão à tarde.

A categoria pede um reajuste salarial de 16% e decidiu paralisar suas atividades na última quinta (1º), depois que a Federação Brasileira de Bancos ofereceu um aumento de 5,5%. Na noite de segunda (5), bancários de todo o estado voltaram a se reunir no Recife e concordaram em manter a paralisação.

“Não há nenhuma rodada de negociação marcada com os bancos. A última proposta foi só de 5,5%. Isso não repõe nem a inflação. Ao contrário, é uma perda de mais de 4%. Os bancos nos empurraram para a greve, porque com isso estamos retrocedendo nos avanços dos últimos 12 anos, quando tivemos ganho real”, explica o secretário do sindicato pernambucano.

Além do reajuste salarial de 16%, os bancários pedem a valorização do piso salarial de acordo com o valor estabelecido pelo Dieese. Hoje, segundo o sindicato, o piso é de R$ 1,794 em Pernambuco; mas o Dieese estabeleceu um piso de $ 3299,66 em junho. A categoria ainda pede participação nos lucros e resultados (PLR), reajuste dos auxílios refeição e alimentação, redução de metas de trabalho abusivas, mais contratações, melhores condições de trabalho e mais segurança nas agências bancárias.

Por meio de nota, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), ligada à Febraban, informou que continua aberta a negociações. A federação também afirma que a proposta apresentada aos sindicatos prevê um abono imediato de R$ 2.500,00 e um reajuste de 5,5% no salário recebido em agosto por todos os 500 mil bancários brasileiros. Segundo a federação, o reajuste condiz com a expectativa de inflação média para os próximos 12 meses.

A Fenaban ainda informa que a proposta prevê participação dos trabalhadores nos lucros dos bancos — de 5 a 15% nos lucros líquidos, mais o adicional de 2,2% no lucro de cada instituição. De acordo com a federação, essa fórmula não sofreu alterações e pode conceder até quatro salários mínimos a um bancário com piso salarial de R$ 2.560.

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