Bolsonaro mente, é rebatido por governadores, e colapso na saúde piora

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mentiu cinco vezes sobre a pandemia de covid-19 em conversa com apoiadores. Além disso, após postagem nas redes sociais, 19 dos 27 governadores do país o acusaram de ter distorcido dados sobre repasses aos estados.

Os chefes dos governos estaduais divulgaram uma carta criticando a “utilização, pelo governo federal, de instrumentos de comunicação oficial, custeados por dinheiro público, a fim de produzir informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais”. Eles dizem que Bolsonaro usou números inflados ao colocar na mesma conta repasses e verba prevista na Constituição Federal.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que irá ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o governo federal pela divulgação do que chamou de tentativa de “colar nos governadores o carimbo de maus gestores”.

Brasil vive pior momento da pandemia

Enquanto isso, o colapso na saúde piora.

Para os secretários de saúde estaduais, o país vive o “pior momento da crise sanitária” causada pela pandemia de covid-19. Eles afirmam que, enquanto não há ampla vacinação, é preciso um toque de recolher nacional das 20h às 6h, suspensão das aulas presenciais e lockdown (fechamento completo das atividades não essenciais) em cidades ou regiões com mais de 85% de ocupação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

Hoje, pelo terceiro dia seguido, o Brasil bateu o recorde da média móvel de óbitos. Foram 1.223 mortes. Há 40 dias, a média móvel de mortes está acima de mil. Fevereiro de 2021 foi o segundo pior mês da pandemia no Brasil, com 30.484 mortes registradas oficialmente, perdendo apenas para julho de 2020, com 32.812 mortes.

Em São Paulo, foi anunciado um novo recorde de ocupação de UTIs. Segundo o governo João Doria, pacientes mais jovens inflaram o número de internações.

(fonte: UOL)

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