Em rede social, Lula reage à denúncia e diz que não é dono de triplex em Guarujá

(fonte: O Globo)
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RIO — Em sua página no Facebook, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva reagiu à denúncia do Ministério Público Federal contra ele no caso do triplex do Guarujá. No início da tarde, Lula, sua mulher, Marisa Letícia, e outras seis pessoas foram denunciados pela Lava-Jato no caso do imóvel no litoral paulista. O petista, no entanto, declarou na rede social que “jamais foi proprietário” do apartamento.
 
Segundo a nota, Lula tornou públicos em janeiro passado documentos que provariam que ele não é dono do tríplex de Guarujá. O comunicado reiterou a versão de que Lula esteve apenas uma vez no apartamento, na época em que avaliava uma possível compra do imóvel: “Jamais foi proprietário dele (o triplex) ou sequer dormiu uma noite no suposto apartamento que a Lava-Jato desesperadamente tenta atribuir ao ex-presidente”, afirma a declaração que foi acompanhada de um link para uma matéria do Instituto Lula, com documentos que supostamente comprovariam a inocência do petista.
 Ex-presidente petista foi denunciado nesta tarde pelo MPF - Daniel Marenco / Agencia O Globo / Agência O Globo


Ex-presidente petista foi denunciado nesta tarde pelo MPF – Daniel Marenco / Agencia O Globo / Agência O Globo

Além de Lula e Marisa Letícia, também foram denunciados o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e os ex-diretores da OAS Paulo Gordilho (responsável pela compra de móveis planejados para a cozinha do apartamento), Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira. O Ministério Público investigou se o triplex e as reformas de R$ 1 milhão feitas nele foram uma forma de pagamento de vantagem indevida a Lula pela OAS, uma das construtoras que participaram do cartel da Petrobras.
 
O advogado de Paulo Okamotto também se defendeu em nota divulgada nesta quarta-feira. Segundo a defesa do ex-presidente do Instituto Lula, “o Ministério Público criou uma corrupção em que não há vantagem ilícita” e que não houve lavagem alguma. A nota ainda critica as conduções coercitivas de Lula e Okamotto, em março passado, chamando-as de “abusos”.
 
O ex-presidente Lula já é réu em processo da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, por tentar obstruir a Justiça comprando o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores do esquema de corrupção que atuava na estatal. Lula é ainda investigado pela compra do sítio de Atibaia, reformado com ajuda de outra empreiteira envolvida no esquema, a Odebrecht.

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