Funcionários terceirizados da Fundarpe estão em aviso prévio

DISPENSAS /// Em uma reunião realizada ontem com a empresa terceirizada Unika, responsável por contratos da Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco), mais de 200 funcionários terceirizados do órgão assinaram o aviso prévio de dispensa do trabalho. Eles afirmam que os salários estão atrasados há mais de dois meses e que, segundo a empresa terceirizada, isso ocorre devido à falta de pagamento da Fundação.

Por enquanto sobram dúvidas aos empregados e não há posicionamento objetivo sobre a condição das contratações. Nesta manhã de quarta-feira, os funcionários realizam um protesto em frente à Secretaria estadual da Fazenda, no Centro do Recife, e devem seguir para Secretaria de Administração.

Sem esclarecimentos da Fundação, funcionários recebem aviso prévio de empresa terceirizada.

Sem esclarecimentos da Fundação, funcionários recebem aviso prévio de empresa terceirizada.

Sem querer se identificar, um funcionário explica que terá de trabalhar o restante do mês, com opção de sete dias de folga ou de menos duas horas diárias – segundo uma funcionária da Unika, “para procurar outro emprego”. Essas condições são parte da lei trabalhista, que também indica que a rescisão deve ser paga no primeiro dia útil após o fim do contrato. Com razão, há receios de que isso não aconteça. “Eles têm de pagar 40% sobre o FGTS, férias proporcionais, décimo terceiro… mas não já estavam pagando os salários.”

No mês passado, o Diario apurou que a Fundarpe não teria sinalizado um prazo para o repasse de verba, e que os funcionários comissionados estão com o pagamento em dia. Assédio nos corredores devido à situação também foi relatado pelos terceirizados, além de comentários sobre uma situação de corte de até 30% de pessoal. Na época, a Fundarpe não se posicionou.

Hoje, em nota, a Fundação afirmou que existem 220 funcionários ligados à empresa Unika, mas que não possui informações sobre os que assinaram o aviso prévio, pois este foi decidido apenas pela empresa de terceirização. A Fundarpe afirma que somente a Unika poderá se manifestar sobre o número de demissões, e que lutará pela manutenção do contrato e continuidade dos serviços prestados.

(fonte: Diário de Pernambuco)

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