Guerra sem fim na Terra Santa

Faixa de Gaza. Israel. Palestina. Terra Santa. Conflito. Guerra no Oriente Médio. Tiro, porrada e bomba. Cresci assistindo e ouvindo isso. Assim também será a minha velhice. Assim será também a vida de meus filhos. De meus netos e bisnetos. De um lado Israel. Do outro a Palestina. Israel tem seus motivos. A Palestina também. Israel ataca, Palestina se defende. Israel sela acordo de paz, Palestina cai na ofensiva. Israel contra-ataca, Palestina sai derrotada.

Israel

afirma sua necessidade de atacar o Hamas por ele (o grupo terrorista) esconder militantes e armas em Gaza. E reforça o fato de não ter arrependimento se nesse meio há civis entre as vítimas. Ainda condena Hamas como um conjunto extremista que não respeita sua bandeira, tampouco reconhece sua existência como Estado.

Palestina considera o controle israelense em Gaza extremamente abusivo, além de a condição humanitária ser insustentável. Os palestinos dependem de israelenses para sobrevivência. E lamentam por isso. E lutam contra isso. Do outro lado, o subconsciente judeu goza em tê-los em suas mãos.

Israel tem um poderoso exército muito bem treinado e equipado. Palestina, perto deles, brinca de arma de brinquedo na guerra. Enquanto Israel ataca com foguetes, Palestina contra-ataca com armas de festim. A eterna guerra está eternizada. Começa do nada e nunca termina. Nunca terminará. Dá trégua, mas volta com força. Por instantes, o fogo cessa e o acordo é selado, mas apenas na teoria. Nesse cenário, se vão milhares de civis. Nesses milhares de civis, a maioria é criança e mulher. Nessa carnificina cruel, 95% é Palestina. O resto é Israel.

Desde o início do atual conflito, 203 pessoas morreram. 202 eram palestinos. Um, eu disse um, era israelense. Desde o início de todo o conflito, em 1948, Israel – ainda que tenha tido irreparáveis perdas – sempre saiu vitorioso. Sempre sairá. E o famoso slogan originado no século XIX está mais vivo do que nunca: “A Palestina é uma terra sem povo para um povo sem terra”. A Terra Prometida está condenada, ou melhor, prometida à perpétua humilhação. Prometida ao longínquo sofrimento.

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