Os números não mentem

CONJUNTURA POLÍTICA /// Tão logo saíram os resultados do pleito de 05 de outubro, ficou claro, que o PT no município, fracionado, perdeu fôlego. Não se constitui mais aquele rolo compressor, capaz de mobilizar as massas e carrear para seus candidatos votos substanciais para elegê-los. A eleição presidencial é um caso à parte, pois a vitória de Dilma, diante dos outros resultados, surpreendeu.

O partido de Eduardo, o PSB, ganhou todos os embates mais importantes com foco no Estado. Paulo Câmara (PSB) derrotou Armando Monteiro (PTB) com mais de 4 mil votos de diferença em Surubim, para Governador. A candidatura de João Paulo (PT), com o ex-prefeito surubinense Flávio Nóbrega a tiracolo, foi derrotada pelo candidato do PSB, Fernando Bezerra Coelho, com uma diferença de cerca de 2.200 votos.

No tocante à eleição para Deputado Federal, Danilo Cabral (PSB) impôs uma contundente derrota ao candidato do Prefeito Túlio, que neste caso, juntou forças com o ex-prefeito Flávio Nóbrega, em torno de Mozart Sales (PT). foram mais de 4.900 votos a diferença, sinalizando para Danilo, a principal liderança do município.

Quanto aos deputados estaduais, Nilton Mota (PSB), com seus 8,710 votos, superou a soma dos votos dos dois candidatos indicados pelo prefeito e pelo ex-prefeito, as maiores expressões do PT surubinense. Os candidatos Ricardo Costa, apoiado por Túlio, e João Lira, por Nóbrega, somaram 6.240 votos e uns quebrados. Quase 2.500 votos é uma diferença considerável.

Outra disputa, esta, nos bastidores, levou ao confronto de forças, justamente, entre o atual gestor do município, Túlio Vieira e seu antecessor, Flávio Nóbrega. O candidato de Nóbrega venceu a parada com apenas 13 votos. Essa, entretanto, não é uma vitória de ninguém. Na verdade, ambos foram derrotados pelo excesso de confiança, pela disputa interna, por um placar exagerado, semelhante àquele da Copa, quando o Brasil foi humilhado pela Alemanha.

Fica uma lição, o PT surubinense não joga mais aquela bola toda.