Por que a terceira onda de Covid-19 está próxima e pode ser mais letal

O Brasil mal começou a reduzir a segunda onda de infecções pelo novo coronavírus e já pode estar às vésperas de ser inundado por uma terceira onda, ainda mais letal, com a chegada do inverno, o ritmo lento de vacinação e o afrouxamento da quarentena, dizem especialistas ouvidos pelo UOL.
 
Alguns desses motivos foram apontados como as causas para a terceira onda na Alemanha no começo do ano. Na Europa, ela também atingiu países como França, Itália, Polônia, República Tcheca e Hungria, onde a vacinação demorou a avançar, enquanto o Reino Unido evitou outra onda ao imunizar em massa.
 
O que define uma nova onda?
 
“Onda de infecção não é um termo técnico e, por isso, não existe uma definição clara”, afirma o infectologista Renato Grinbaum, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). “Tem sido usada pela imprensa como aumento rápido e expressivo de casos novos na epidemia, que num gráfico aparece como uma onda.”.
 
Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o infectologista Marco Aurélio Sáfadi reforça a ausência de “definição consensual”, mas cita a OMS (Organização Mundial da Saúde), para quem “o vírus tem que ser controlado e os casos caírem substancialmente”.
 
Ele diz que uma das formas de avaliar uma onda é observar a chamada taxa efetiva de reprodução, ou Rt. Quando esse índice é 1, cada infectado contamina outra pessoa. Se for maior, pode infectar mais de uma. Para que a transmissão seja contida, o Rt precisa ficar abaixo disso.
 
(fonte: UOL)

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