Ensaio sobre a loucura

“Ensaio sobre a loucura: de maluco, insano e doido, todo mundo tem um pouco.”

Tem sido cada vez mais natural, nos dias de hoje, a sociedade de maneira geral diagnosticar e tentar tratar a loucura sob os mais variados aspectos. Afinal, até onde vai o equilíbrio e a insanidade? O que torna e diferencia o ‘normal’ do ‘anormal’? É importante ter um pouco de loucura?

Não é ‘normal’ ter esquizofrenia. Mas é importante viajar como o esquizofrênico. Fugir da realidade pode ser uma excelente válvula de escape nos momentos mais dolorosos.

Não é ‘normal’ ter bipolaridade. Mas é importante oscilar como o bipolar. Mudar de opinião, como a mudança de humor, é o que mantém vivo e gera conteúdo.

Não é ‘normal’ ter depressão. Mas é importante se isolar como o depressivo. Se isolar é um excelente recurso em tempos de desamor e desavenças.

Não é ‘normal’ ter TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Mas é importante ter as manias de um TOC. Utilizar todas as formas de mania te ajuda a organizar melhor sua rotina.

Não é ‘normal’ ter autismo. Mas é importante viver o mundo lúdico do autista. Ser uma eterna criança com seu próprio mundo repleto de fantasias te afasta de homens imbuídos de maldade.

Não é ‘normal’ ter sociopatia. Mas é importante agir como um sociopata. Ser perverso, frio, calculista e, um tanto quanto genial, é saber se defender de seus inimigos – que são tão sociopatas quanto você deve ser.

Não é ‘normal’ ter estresse e ansiedade em excesso. Mas é bom ser acelerado como um estressado e preocupado como um ansioso, afinal, a agilidade e zelo de uma águia-mãe não te permitem perder o lugar na fila.

Não tente ser tão normal. A loucura cura.

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