Conferências de saúde devem ter 50% dos delegados mulheres

(por: Verônica Almeida/Jornal do Commercio)

As mulheres são maioria no Brasil e também entre usuários e trabalhadores do SUS. Entretanto, na hora de exercerem papel político na luta por direitos, propondo e votando mudanças no sistema único, ficavam em segundo plano, porque a liderança dos movimentos sociais é predominantemente masculina. Para corrigir a distorção e garantir a igualdade de gênero no controle social da saúde pública, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) propõe que 50% dos delegados das Conferências Estadual e Nacional de Saúde, previstas para setembro e dezembro de 2015, sejam do sexo feminino.

As prévias municipais ainda estão acontecendo como a do Recife, encerrada no último dia 18 de junho. Mas o CNS quer as mulheres bem atentas à futura participação. A recomendação, para eliminar a distorção histórica, reforça o debate sobre gênero, que anda ameaçado na esfera da educação pela perigosa onda conservadora que toma casas legislativas. O SUS que nasceu em nome da igualdade tem mais é que ouvir e respeitar as mulheres, por sinal alvo fácil de preconceito, negligência e violência, coisas que fazem adoecer.

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