A importância do artilheiro

(fonte: Henrique Barbosa – Doentes por Futebol)

Todo time precisa de um artilheiro. Essa é uma máxima do futebol que nunca perderá a validade. Cada clube que se preze necessita de um jogador para marcar gols. As equipes de Pernambuco estão vivenciando momentos na atual temporada que ilustram bem a diferença que a falta ou a presença de um goleador é capaz de fazer.

O Sport é o que vive a situação mais delicada em termos de gols. Em 9º lugar no Campeonato Brasileiro, o rubro-negro sofre com a ineficiência do seu ataque. Os pernambucanos, em vários momentos da competição, sentiram falta de alguém capaz de marcar gols para a equipe. Com o segundo pior ataque do campeonato, o artilheiro do Sport é o lateral direito Patric, com 5 gols. O principal atacante da equipe, Neto Baiano, marcou apenas 4 vezes, e ostenta outra marca preocupante: é o jogador que mais finaliza errado no Brasileirão, com apenas 28,6 % de aproveitamento no quesito. Ambos passam longe do goleador da competição, Marcelo Moreno, que marcou 13 vezes.

O Náutico, que vem apresentando evolução sob o comando de Dado Cavalcanti, tem visto seus jogadores se revezando bem na tarefa de marcar nas últimas partidas. Os artilheiros da equipe jogam todos do meio para frente. Sassá, com 5, Vinícius, com 4, e Tadeu e Crislan, com 3 tentos marcados, dividem a responsabilidade de fazer os gols da equipe. Em 7º lugar na Série B, um ataque confiável é fundamental para o alvirrubro continuar sonhando com o acesso à primeira divisão.

Léo Gamalho é o grande destaque do Santa Cruz na temporada | Foto: divulgação

Léo Gamalho é o grande destaque do Santa Cruz na temporada | Foto: divulgação

O Santa Cruz é um grande exemplo da diferença que faz um artilheiro no time. Com os rumores sobre a transferência de Dênis Marques desde o fim da temporada passada e a sua saída se confirmando no início o ano, o Santa trouxe Léo Gamalho para assumir a posição de centroavante e o jogador tem correspondido bem. Mesmo com a equipe eliminada nas semifinais, foi artilheiro do Campeonato Pernambucano. Na Série B, depois de um começo tímido e em crescente desde o reinício da competição após a Copa, é o principal goleador da equipe, com 9 gols marcados. Seu desempenho já teria despertado sondagens de outros times.

O futebol de hoje foge daquele estereótipo de jogador alto, forte, cabeceador, que poucas vezes toca na bola a não ser para finalizar. Embora esse tipo de atleta ainda seja importante e tenha sua utilidade, os atacantes cada vez mais são jogadores com capacidade de movimentação, que recuam para servir os companheiros e trocam de posição com os meias. De um jeito ou de outro, a figura do artilheiro sempre continuará com sua importância indiscutível.

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