Jovens de classe média assaltavam na Zona Norte do Recife para manter vício em drogas, diz polícia

Detalhes da prisão do grupo que assaltava na Zona Norte do Recife foram apresentados pela Polícia Civil (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Detalhes da prisão do grupo que assaltava na Zona Norte do Recife foram apresentados pela Polícia Civil (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

(fonte: G1)
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Polícia Civil de Pernambuco detalhou, nesta sexta-feira (10), a prisão de sete suspeitos de praticar assaltos em bairros nobres da Zona Norte do Recife. De acordo com a corporação, o grupo é formado por jovens de classe média, que assaltavam para manter o vício em drogas. Segundo a polícia, eles usavam botes para atravessar o Rio Capibaribe durante as fugas. A quadrilha é responsável pelas últimas investidas na região, incluindo os que foram registrados por câmeras de segurança nos bairros do Poço da Panela e Casa Forte.
 
Os suspeitos foram presos na tarde da quinta-feira (9). Segundo o delegado Paulo Rameh, titular de Casa Amarela, os suspeitos eram investigados desde o início de fevereiro, quando o grupo abordou vítimas e praticou assaltos no bairro do Poço da Panela. Quatro suspeitos foram reconhecidos por vítimas das investidas, sendo dois adolescentes e dois adultos. Outros três detidos foram liberados por não haver provas o suficiente para justificar a prisão, mas continuam sob investigação. Os crimes ocorreram durante a noite da quinta-feira (2), em uma das áreas mais nobres do bairro, que é de classe média alta. A Polícia Militar informou que a quadrilha presa costumava praticar assaltos também em bairros como Monteiro e Casa Forte.
 
“Na quinta-feira, um grupo do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) foi ao Parque Santana, onde tínhamos informações de que eles se reuniam para definir as investidas e jogar futebol. Abordamos e prendemos alguns dos suspeitos. Um deles informou a localização do restante, em um prédio de classe média localizado na Torre, Zona Oeste. Prendemos os dois irmãos, em casa”, explicou Paulo Rameh. Tentando se livrar das provas, os suspeitos jogaram um revólver calibre 38 do 9º andar, chegando a danificar a arma.
 
Segundo Paulo Rameh, os suspeitos costumavam escolher lugares baseando-se no poder aquisitivo das vítimas e na facilidade de fuga. Ele afirma, também, que após o grupo utilizava botes para atravessar o Rio Capibaribe e se esconder na comunidade de Santa Luzia, no bairro da Torre. Além do revólver, na casa dos dois irmãos, foram apreendidos sete celulares, três carteiras e quatro relógios, produto dos roubos. “O pai dos dois suspeitos estava revoltado. Disse que se dedicou muito aos filhos e que não sabia das investidas”, disse o delegado.

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