O Moldar do Boleirinho

Viva o futebol moleque!

Viva o futebol moleque!

Os calos confirmam, indicam o passado de bruto e puro prazer. A paixão começou alegremente, traçando ruas com pés descalços, sujos de histórias boas; terrenos, quadras, campos sem grama e sem drama. Simplesmente futebol.

Amor à zero vista. À vista e com juros! Por ele, chorei soluçando num compromisso emocional pleno. Com ele, alavanquei a desventura do brincar competitivo, levemente debochado e irresponsável, no sopro do molejo driblado, chutado, pelejado e caído. Tempo ruim era tempo curto, na outrora chuva parecia sol e calor imensurável era desprezado pelo entorpecer da verve.

Torcia na TV, apreciava na prática, crescia no certame. Como a bola me dava bola; compreensiva e tão, tão predisposta a ajudar. Anjo da guarda, inimiga do guarda-metas, amiga do gol. A primeira namorada, a única realmente inesquecível, imune a renegação. Murchou. Mas antes, enchi-me!

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