Pai, filho e o legado do mal

Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (ao fundo) | Foto: Ilustração

Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (ao fundo) | Foto: Ilustração

OPINIÃO ///
Os super-heróis da ficção salvam as pessoas e têm senso moral pra não fazerem justiça com as próprias mãos, evitando liquidar vilões por mais perversos que possam ser. Os heróis dos brasileiros conservadores são doentios, vis e atrozes. Pouco importa os estudos criminológicos e sociológicos para detectar problemas estruturais, almejando avanços sociais que diminuam a violência no país ao longo dos anos. O que urge ruge, emitindo confronto e truculência.
 
Jair e Eduardo Bolsonaro estão na zona de rebaixamento do campeonato mundial de seres humanos. Eles são a síntese de um militarismo opressor e nefasto, que quer transformar o Brasil em filmes de faroeste. Com soluções imediatistas e vagas, acham que a melhor maneira de coibir o caos é – pasme! –, trocando tiros e estando sempre preparado para matar. Além de tudo, ambos são machistas, misóginos, homofóbicos, intolerantes, fascistas e afeiçoados à ditadura. Já incitaram a violência para com mulheres (física e sexual) e grupos minoritários.
 
O Bolsonaro filho chegou a menosprezar em discurso o legado do pernambucano Paulo Freire, que é “somente” o Patrono da Educação Brasileira e um dos maiores pedagogos da história da humanidade. O Bolsonaro pai ontem, durante a sessão do processo de impeachment de Dilma, fez homenagem a um assassino e torturador que assombrou os brasileiros nos tempos do Regime Militar. Tais crápulas nos representam no Parlamento e isso é assustador. Até porque possuem um eleitorado fiel que pensa infelizmente igual (por inúmeras questões). Alimentando a indômita ira e gerando uma eterna apreensão nos que lutam em prol da benevolência.

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