Sobre crescimento, modernidade e saudade

Esta cidade não é igual àquela de outrora. Surubim mudou. As ruas e avenidas principais perderam características antigas e ganharam novas. O asfalto, os semáforos, o trânsito movimentado, o comércio alavancado e o número crescente de pedestre, trouxe uma dinâmica maior. Em ritmo frenético!

A construção civil foi a principal beneficiada. Novos bairros surgem a todo instante. Os loteamentos estão diminuindo a zona rural e ampliando o índice de atendimento à demanda urbana do município. Com isso, investidores, empreendedores e profissionais de áreas ligadas, veem meios palpáveis de garantir rentabilidade.

Em breve o terreno da usina (e provavelmente sua faixada) se tornará um loteamento para um novo bairro residencial | Foto: Ilustração/SN

Em breve o terreno da usina (e provavelmente sua faixada) se tornará um loteamento para um novo bairro residencial | Foto: Ilustração/SN

A última novidade é a divulgação do projeto de moradia intitulado Novo Centro. Que utiliza uma área ao lado da Escola Técnica (ETE) num loteamento possivelmente pavimentado, arborizado e deveras cômodo. O mesmo deve acontecer com o terreno da usina em breve. Derrubando assim a antiga faixada, tão simbólica e fincada no imaginário popular. Mas como brecar o urgir dos avanços, não é?

O anseio pela modernidade não tem o hábito de preservar o passado. Às vezes a incompatibilidade é fluente, sem diálogo e insensível. Nos últimos 20 anos, vimos casarões antigos serem desmanchados, alterando a estética de vários quarteirões. Muito já foi apagado, talvez esquecido.

Culpa do boom do mercado surubinense. Consequência da compra e venda de imóveis, terrenos e afins. Em suma, cada um sabe onde aperta o seu calo, não podemos julgar a necessidade alheia. Só lamentar, caso o sintoma seja a saudade do estilo acanhado e pacato que reinou em Surubim por décadas. Num período nostálgico da nossa história!

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