PSB: um partido cheio de contradições, divisões e decepções

O deputado federal Danilo Cabral na Câmara | Foto: Ilustração

O deputado federal Danilo Cabral na Câmara | Foto: Ilustração

OPINIÃO /// 
Miguel Arraes deve estar se revirando no túmulo. O partido que ele ajudou a fortalecer a partir de 1990, quando se filiou, bifurcou os ideais e perdeu seu sentido. Não à toa lideranças da militância debandaram e políticos do Partido Socialista Brasileiro divergiram durante o processo que derrubou a presidente Dilma. A propósito, o “socialismo” deve ser desmembrado da sigla, principalmente em Pernambuco. Por exemplo, não houve meritocracia na ingressão de João Campos como chefe de Gabinete de Paulo Câmara meses atrás. Houve conchavo. Desde a morte de Eduardo, o Governador que teve ajuda fundamental de Lula pra ser eleito em 2006, que a Família Campos transformou nosso estado num feudo pra manter-se no poder.
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Triste é saber que os representantes do PSB vinculados a Surubim são os mais subalternos. Enquanto os senadores Armando Monteiro e Humberto Costa e o deputado federal Ricardo Teobaldo, que apoiam Túlio Vieira, votaram contra o impeachment da presidente Dilma, respeitando a democracia e a escolha da maioria dos brasileiros. O senador Fernando Bezerra, Danilo Cabral e outros 4 deputados federais pernambucanos do PSB, votaram a favor do golpe. Contrariando princípios. Pior, mostrando o quão os políticos podem ser oportunistas, ingratos e traidores.

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Em suma, fora das delimitações pernambucanas, o PSB virou um partido de aluguel, pau-mandado de outros mais influentes. E dentro das delimitações pernambucanas, o PSB ainda é forte, graças ao status de mártir adquirido por Eduardo Campos, ademais, os alicerces (im)plantados em conjunto com o próprio PT na década passada. Certamente, há rachaduras e desencontros no partido. Que em 2014 apoiou Aécio Neves no segundo turno e em 2016 deu a Michel Temer e a sua corja conservadora, ingredientes para acreditarmos que é tudo farinha do mesmo saco!

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